Porque sim.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Talvez um dia, muito longínquo. . .

Olhou pela janela. De facto, estava frio. As arvores corriam de um lado para o outro rapidamente de mais. Ouvia-se os canos da àgua a zurrar na parede da casa. Ligou o aquecedor, mas mesmo assim, tinha frio. Vestiu aquela camisola enorme, de facto era uns tantos números acima do seu, tinha-a no quarto à meio ano. Todos os dias olhava para ela e se lembrava dele. Esboçava um enorme sorriso e largava uma lágrima. Desde o dia em que ele lhe tinha dito que ia viver para fora, que ela sonhava com ele e com o toque dos seus labios. Fora uma noite díficil, e fria como a de hoje.
Olhou para ele, largou uma lagrima e abraçaram-se. Tinham um amor lindo, e ter de deixar tanto sentimento e esforço para trás, era muito doloroso, tanto para ela, como para ele. Caminharam até ao portão de casa dela. Ele olhou para ela, e largou aquela que seria a ultima lagrima. Trocaram um beijo apaixonadamente lindo. Ela pediu-lhe mais alguma coisa dele. Nao queria encarar quilo como uma depedida, mas como um até amanha, mesmo sabendo que nunca mais o iria ver. Ele, olhou para ela e disse algo como: "-Vai ser muito pior assim, nao queria que te lembrasses sempre de mim, pois nunca mais...". Ela tapou-lhe a boca com a mao e disse: "-EU AMO-TE!". Pediu lhe a sua camisola. Ele tirou-a, sentiu um arrepio frio. E abraçou-a mais uma vez. Ela vestiu-a. Olhou para ele, deram um ultimo beijo. À maneira que se afastavam, os seus braços esticavam e as maos apertavam cada vez mais. As lágrimas começaram a cair com mais intensidade, e parando alguns segundos a olhar um para o outro, largaram as mãos. Até chegar à porta de casa, não tiraram o olhar um do outro. Depois, com aproximadamente quatro metros de distância, olharam-se uma última vez e sorriram muito suavemente. Ela entrou em casa e olhando pela frincha da porta, fechou a porta silenciosamente. Ele ficou ali mais uns segundos e quando viu que a luz do quarto dela se tinha aceso, virou a cara e chorando cada vez mais começou a caminhar em direcção a sua casa. Ia partir dali a duas horas.
Ela, assim que entrou em casa, correu para o quarto e deitou-se na cama, a chorar. A dor era imensamente grande. Nunca mais se viram. Nunca mais trocaram um olhar, nunca mais se tocaram.
Mas todos os dias, ela recordava-o como aquele rapaz que a fez sonhar, pensar e acreditar.E lembrava-se de tudo o que tinham passado juntos. Sorria sempre, pois sabia que mesmo longe, ele sentia o mesmo.

"Gostava de sentir o que ela sentiu enquanto estiveram juntos. . ."

1 Comments:

  • At 1:28 da manhã, Blogger Celi M. said…

    Esta muito bonito de facto este post, todos os ingredientes para ser uma boa história. acho que a podes desenvolver para a frente e para tras. Muito bem

     

Enviar um comentário

<< Home