Porque sim.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Por momentos. . .

Por momentos, sentia se num mundo de gelo. Num paraíso odioso, triste e conspurcado. Contemplava todas as estrelas que tivera visto naquela noite. Sim, de facto foram momentos fantásticos. Entrou na casa de banho, olhou-se ao espelho. Tinha a cara manchada. A pintura, agora espalhada na sua cara, era de uma cor só, um preto cintilante. As manchas tinham a forma de lágrimas. Estivera a chorar. Muito tempo a sofrer, sem ninguem. Sentia-se só, abandonada por tudo e todos. Ouvia as pessoas a falar do lado de fora, a música estava alta. Começou a sentir-se tonta, por momentos, pensou que se desmaiasse seria o melhor. Mas nao, conseguiu aguentar-se, molhou a cara com água fria. Sentiu um arrepio forte, mas sempre firme, saiu e sentou-se na primeira mesa que viu vazia. Pediu uma bebida, depois de algum tempo à espera, começou a beber. Sabia que nao estava bem, mas nao se sentia em condições de ficar bem. Tentou fazer boa cara, e muito gentilmente, chegou-se perto do porteiro e disse: "-Será que posso apenas ir fazer um telefonema lá fora?" - O porteiro, olhou de alto para ela, com má cara, e depois de a analisar esbugalhando os olhos de cima a baixo, disse: "-Tem 5 minutos". Ela, tentando esboçar um sorriso ainda maior, saiu. Sentou-se num degrau à porta de uma casa, encostou-se à porta e começou a olhar novamente para as estrelas. Sentia-se a suar, mas na realidade nao estava. Sentiu outra tontura, mas desta vez muito mais forte que a primeira. Mesmo assim, aguentou-se e continuou a olhar para as estrelas. Começou a sentir um frio gelado. Um frio que de apoderava dela como a neve quando cai desesperadamente. Caminhou em direcção à porta, dirigiu-se para o balcão, pediu uma garrafa de água, pagou e acenando ao porteiro, saiu da discoteca. Seguiu caminho até casa, com um pouco de dificuldade e algumas recaídas, chegou. Quando entrou em casa, correu para a casa de banho. Tomou um banho quente e foi para o quarto. Apagou as luzes e abriu a janela. No espaço de pouco tempo viu duas estrelas cadentes. Sorriu, fechou a janela e deitou-se.
Adormeceu e sonhou com o mais profundo sono.

Este texto nao está relacionado com os dois ultimos..=| cya***

2 Comments:

  • At 12:30 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Tá lindo cmo nos tens vindo a habituar...é dakeles textos em k s «sentem» as sensações k tu descreves.
    Os pormenores tão mt bem explicados, sem serem exaustivos. K gd sorte veres duas estrelas cadentes em poucos segundos ;-)

    beijo fofo*

     
  • At 1:43 da manhã, Blogger Celi M. said…

    Por mt negra k seja a vida temos sempre as estrelas pa nos guiar! Mais uma vez caminhas segura!
    Bonito arranjo novo do blog!;) agora veh se escreves "muito" para o "encher".

     

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